28 de setembro de 2008

Folhas secas


Quando as coisas vão bem, amém! A gente pula e dá brados de alegria. Agradecer é sempre um prazer. Sorrimos com a alma. O semblante muda, o rosto fica mais bonito. Elogia-se com facilidade, rimos de qualquer bobagem. Dizemos o que as pessoas querem ouvir, quando muitas vezes, se refletissêmos, talvez, não se falaria outra vez. E falar é puro "êxtase" na euforia do momento, sem mensurar e avaliar o real motivo que te levou a pronunciar palavras jogadas ao vento. Creio que o melhor momento de falar é quando não é preciso dizer nada. Antes que seja necessário. Aí temos chance de acertar! Assim não caímos na armadilha de lançar palavras soltas pelo ar, sem sentimento algum, sem análise da situação que nos envolve. É preciso dizer não a essa comunicação sem sentido, em frases e palavras desconexas, que em outra hora não seriam ditas.

Entramos numa cilada, numa “prisão” de nós mesmos. Quando falamos demais, onde somente a voz do silêncio era preciso.

O que fazer? Recolher as palavras?

Como se o vento não levasse a folha seca...


NiL Almeida