28 de setembro de 2008

Psicóloga de mim


Hoje fiquei surpresa! Uma amiga não virtual me contou que seu sobrinho lhe disse que eu deveria ser uma psicóloga. Psicóloga eu? A idéia pode até ser boa. rsrs
Mas quantas vezes não me entendo e tantas outras queria fugir de mim. Não do meu “eu” consciente que vivo nesse instante em que escrevo (se é que ele é tão consciente assim. rsrs), mas do “eu” que me desconcerta, que desperta a fera que há em mim e que me atira contra mim mesma. Por que essa eu desconheço! Essa não pode ser “eu”! Não minha essência.

Ah!... Como queria poder deitar minha cabeça no divã e permanecer ali... Contando minhas dores que são só minhas, as decepções que tive quando estava em meu melhor momento achando que o tempo podia parar naquele instante. Mas ele não parou!... O tempo não pára! Ele me deu a volta e só restou sombra em mim.

Como abraçar e acalentar? Se tem dia que tudo o que queremos é um abraço?
Tantas dores profundas, momentos de solidão, fases difíceis, que passam... é verdade! Passam porque a luz da manhã sempre vem... Mesmo se estamos quase desistindo de caminhar... Avistamos uma luzinha verde no fim do túnel, que sempre esteve lá! (abra os olhos! rsrs) O que nos falta é uma visão ampla, não do hoje, do aqui e do agora, mas do amanhã e da beleza que cada novo dia de sol nos dá, com seus raios aquecendo nosso coração... Lembrando que a vida está aqui. Um renascer na escuridão. Onde podemos fixar o olhar no espelho e dizer:
Essa sou eu! Um coração humano, porém cheio de defeitos! Mas que renasce a cada amanhecer.
Se vou ser psicóloga um dia? Não sei! Talvez tente ser de mim. rsrs


NiL Almeida