2 de novembro de 2008

O aconchego das palavras

Queria me traduzir em palavras, dar versão aos meus sentimentos. Falar dos meus gostos e desgostos, minhas manias e loucuras e da facilidade que me roubam um sorriso. Queria falar do quanto me faz bem ver as pessoas felizes se divertindo. Te contar meus desejos e planos secretos. O que me faz sentir viva, como se em mim houvesse uma chama capaz de aquecer meus sonhos e mantê-los acessos como uma labareda de fogo que se alastra dentro de mim.

E depois me publicar para você. Para você me ler numa noite fria de um dia qualquer e me devorar como quem devora um livro, na sede de desvendá-lo querendo logo chegar ao fim...

E no fim, ser um conhecedor de mim.

Mas, se me esquecer na sua cabeceira...
E não me ler! Não me abrir! E me deixar empoeirar...


Perderá o aconchego das palavras revelado no amor que te enviar.



NiL Almeida