21 de novembro de 2010

São os pequenos gestos que mais significam.
GUARDO FELICIDADES NO BAÚ DA SAUDADE...

Um dos presentes de aniversário que mais gostei, ganhei da minha melhor amiga Letícia Thompson, que hoje já não mora perto de mim, está na Bélgica (atravessou o mar). É minha amiga da saudade. Ele ficou um pouco amarelo, devido ao tempo, pois o tenho desde 1987. Éramos adolescentes quando nos conhecemos. Eita, faz um bom tempo! Foi meu primeiro caderno de poemas, com capa bonita, tão delicada como eu achava que a vida devia ser, a imagem de capa tão doce como desejava sempre que as pessoas fossem, e pra ficar mais lindo ainda, a rosa envelhecida e seca, pois ela sabia que amava uma rosa vermelha. Tudo tão perfeito!
Hoje decidi deixar aqui no blog, por que ontem foi assim, um momento de saudades, melancolia, lembranças de um tempo muito bom em minha vida, tempo em que a gente era feliz e não sabia. rs Recordações que guardo em dois baús, no baú da memória e em um local aqui no quarto que vai ficar pra sempre, e vira e mexe arrumo as gavetas, volto a reler, e mato saudades. Choro (sou chorona, choro com mesma facilidade que tenho pra sorrir), e a sensibilidade fica à flor da pele... E mesmo que seja um pouco triste sentir saudades (conversei com Titi hoje no msn sobre isso, já que estamos separadas por quilômetros de mares), é ela que nos dá a dimensão do amor, por que também nos traz as boas lembranças de coisas maravilhosas que vivemos, dos bons amigos que cativamos e nos cativou. Hoje, penso que já não se faz amigos como antigamente, tudo muda e, é uma pena, por que os corações não deveriam mudar, a não ser pra melhor, não pra esquecer boas amizades. O amor nunca deveria diminuir, ou se refugiar no canto da euforia, poderia permanecer dentro da gente, mesmo quando o tempo passa e fora de nós tudo se modifica.

Só posso agradecer a Deus por Titi ser essa amiga amiga e encantadora que sempre foi. Companheira pra todas as horas. Já vivemos tantas coisa juntas, sorrimos, choramos e viajamos pra fugir da dor, quando éramos jovens demais, e não sabíamos que de nada adianta fugir de nós mesmos. Não faz sentido fugir do nosso coração quando ele não quer nos acompanhar. Prefere ficar, e enfrentar a dor...Seja do amor, da rejeição, ou até mesmo da saudade. Mas a gente ainda não entendia isso. A maturidade veio depois.

Deixo aqui um pouco de mim, da minha saudade dessa amiga, que sempre fez meu coração sorrir... E que AMO, e fico feliz que a gente não se perdeu... E eu nunca vou te esquecer, as coisas valiosas a gente deve guardar no coração pra sempre.


NiL Almeida


Ela tem toda razão:
O que separa corações não é a distância, é a indiferença.
Há pessoas juntas estando separadas por milhares de quilômetros e outras separadas vivendo lado-a-lado.



Letícia Thompson