Não me assusta quem fala o que sente, quem expõe sua alma, quem conta seu amor ou sua dor, muito menos, quem vive seus sonhos. Não me assusta quem abre o coração e fala de sentimentos verdadeiros. Quem sente alegria, tristeza, euforia, paixão, ansiedade, afeto, ternura, revolta, inquietação, ódio, medo, amor [etc e tal]. Por que tudo isso definem estados de alma.
Mas não sentir... Ah... Não sentir é o fim! Paraliza o corpo, adoece a mente, condena o espírito ao estado de coma... Profundo!
Eu sinto e sinto muito tudo que sou capaz de sentir.
Eu sinto e sinto muito tudo que sou capaz de sentir.
Me assusta e assusta muito, quem não sente nada. Quem se acostumou na inércia dos sentimentos. Sem sensibilidade... Nada faz sentido! Morre-se asfixiado no vazio da própria insatisfação. Nada toca, nada preenche, nada cabe, nada transborda, nada transcende. Nada basta, quando nada é tudo que se tem. Perde-se o gosto de tudo, até o gosto pela vida. Uma alma suicida não tem razão de ser, não guarda lembranças, desconhece a vida. Não sente a vida vibrar dentro de si, pois as emoções já não correm livres e soltas em suas veias. Vive por viver, acorda por acordar, dorme por dormir.
Viver sem sentido é fazer o próprio funeral,
é como morrer em vida.
NiL Almeida
é como morrer em vida.
NiL Almeida